quinta-feira, 13 de setembro de 2007

O GRANDE LÍDER AFRICANO


Foto retirado no site vidaslusofonas


“Vivo intensamente a vida e dela extraí experiências que me deram direcção, uma via que devo seguir, sejam quais forem as perdas pessoais que isso me ocasione. Eis a razão de ser da minha vida.” Amílcar Cabral



Amílcar Cabral faria hoje 83 anos. Nasceu a 12 de Setembro de 1924, em Bafatá, na Guiné-Bissau. Com um percurso político marcante e determinante para a Guiné-Bissau e Cabo verde, Cabral juntamente com alguns companheiros de luta pela mesma causa funda o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e inicia uma luta armada contra o Estado Português revelando o seu descontentamento contra o sistema colonial.
Amílcar Cabral é assassinado em Conacri. A sua morte desencadeia ódios e paixões entre africanos e europeus.



Surraia Correia

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Pensar o futuro a Curtir


Durante muito tempo perguntei-me se seria possível curtir a vida como vejo muitos jovens da minha geração a curtir e ao mesmo tempo ir planeando o meu futuro. Esta é uma pergunta sem resposta qual me interrogo até hoje. Posso curtir, namorar, sair para noitadas, passar horas nos centros comerciais a comprar roupas e depois lanchar, é claro, com o dinheiro de um “amigo” ; ou então simplesmente dedicar-me aos estudos, trabalhar para pagar as despesas escolares. Queria fazer as duas coisas ao mesmo tempo, mas cedo apercebi-me que esta junção não seria de todo uma escolha acertada. Quando falava com as minhas amigas, dizia-lhes que se calhar eu estava a perder os melhores momentos da minha juventude, que nunca iria conseguir um namorado fixe. Ao mesmo tempo pensava que, depois de tanto estudo para depois não conseguir emprego, que futuro tinha construído?
Hoje sei que estas interrogações fazem parte das dúvidas e incertezas, que nos atormentam enquanto somos jovens. São aquelas fases de querer experimentar tudo, ser reconhecida por alguns rapazes (aqueles por quem temos um certo fraquinho ou gostamos), enfim curtir. Contudo, hoje sei que pela minha parte essa curtição foi sendo feita com moderação, sabia parar quando estava a ir longe demais. Isto foi possível graças ao modelo de liberdade que me era imposto dentro de casa e não que os meus pais fossem super controladores. Eles sempre me deixaram sair mas com limites e nunca me impuseram horários, eu é que sabia a hora certa para voltar.
Afinal, hoje sei que aquelas interrogações eram precisas e necessárias para que eu não fosse por outros caminhos, sem futuro nenhum e a envelhecer à porta das discotecas. Também não estaria aqui a escrever estas linhas.

Surraia Correia