quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Notas do primeiro período em alta


A Dirce Rodrigues, com a ajuda do Bernardo Gomes, tem desemvolvido um trabalho notável com as crianças e jovens que frequentam o apoio escolar. Faz um balanço positivo da actividade desenvolvida, ilustrado pelas poucas negativas registadas neste final do primeiro período. “ Isto prova que os estudos e o acompanhamento na realização dos trabalhos de casa estão a ter progressos”, afirma a técnica.
Questionada sobre o progresso dos alunos, Dirce afirma que os seus meninos têm aproveitado bastante o apoio escolar que lhes é dado e que no primeiro ano de implementação do À Bolina, foi possível notar melhorias a vários níveis em relação aos alunos que beneficiam deste apoio.
A pessoa que colabora mais assiduamente com a Dirce é o Bernardo, jovem uniniversitário mas um histórico no apoio escolar às crianças e jovens do bairro, actividade que já desenvolvia voluntariamente antes do início do projecto. Para si o trabalho continua a ser importante e constata que, com a redução do número de crianças, tal permite fazer um acompanhamento mais individualizado. Esta redução do número das crianças no apoio esoclar deve-se, segundo o Bernardo, à concorrência do Cid@Net, dado que os mais crescidos acabam por passar mais tempo nos computadores e já raramente vão para a sala de estudo fazer os trabalhos de casa. De momento a maioria dos inscritos no apoio escolar são “as crianças que estão na escola primária e alguns do 5º e 6º ano”.
Os materiais e jogos didácticos adquiridos pelo projecto permite agora um bom trabalho de investigação e pesquisa por parte dos miúdos quando tal lhes é solicitado nas escolas. Aqui, o apoio do Cid@Net tem sido imprescindível.
Bernardo Gomes acha que o funcionamento e o apoio prestado aos alunos melhorou bastante, sublinha que o espaço está sempre organizado e limpo e que o facto de a Dirce ser professora é um grande contributo para estas crianças estarem cada vez mais preocupadas em fazer sempre os trabalhos de casa.

As melhorias, que também foram sentidas nas escolas - tanto na Primária do Prior Velho como na Bartolomeu Dias - sofre oscilações ao longo do ano lectivo porque nem sempre há um empenho dos pais em cumprir com a quota parte: o pagamento das mensalidades, um valor quase simbólico: 5€. “O desinteresse é por vezes da parte dos pais. Muitas crianças acham útil e importante para elas a frequência do apoio escolar. Sem falar na preocupação que revelam quando têm trabalhos difíceis…” diz a responsável.
No quotidiano do apoio escolar, primeiro fazem-se os trabalhos de casa - ou os trabalhos passados pela Dirce – a que se seguem os jogos no pátio.
A técnica do apoio escolar acha que foram cumpridos os objectivos propostos o que é patente nos resultados revelados no final deste período escolar. As dificuldades no português – sobretudo no caso dos alunos chegados recentemente da Guiné e Cabo Verde - e na matemática continuam a ser dominantes e a precisar de um investimento suplementar. As metas para o próximo semestre é trabalhar cada vez melhor com estes alunos para que apresentem sempre melhores resultados, arranjar soluções para os que têm mais dificuldades e sobretudo tentar prestar atenção a cada criança em particular para ajudá-la a superar as suas dificuldades específicas.
Texto: Surraia Correia

Retratos da Quinta da Serra

Há mais de dez anos, a fotógrafa Maria Vitória Vaz Pato empreendeu um trabalho fotográfico onde quis revelar a vida e o modo de estar dos imigrantes que residem no bairro Quinta da Serra, no Prior Velho.
Na Quinta da Serra vivem imigrantes africanos, que primeiro construiram as suas barracas e esperam por realojamento desde que começaram a construir uma nova Lisboa.
Maria Vitória Vaz Pato assume que com os seus retratos pretendeu sobretudo registar o nome, o olhar e gesto de viver dos artistas que foram importantes para a construção de grandes obras na área de Lisboa e mostrar através das fotos o contacto com as suas famílias após mais um dia difícil de trabalho.
Durante anos as suas fotografias, aguardaram em molduras, já prontas para serem reveladas ao mundo, e arrumadas criteriosamente dentro de caixas – por séries temáticas – que um espaço as acolhesse onde os seus protagonistas as pudessem ver. Muitos deles já partiram – foram realojados finalmente ou foram trabalhar para França, também – mas o À Bolina, projecto onde estou a trabalhar, vai abrir em breve as portas do salão Polom e receber o bairro, a autora e os amigos para a exposição “Retratos da Quinta da Serra”.
Texto: Surraia Correia

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

A festa de Natal do À Bolina


A Festa de Natal do projecto tal como já tinhamos anunciado, decorreu no dia 20 de Dezembro e foi para as crianças e jovens que estiveram presentes uma tarde de convívio cheio de coisas boas e deliciosas.Como é de se esperar, em tempo de festa, os mais pequenos foram desafiados a cantar as canções de Natal que todos conhecemos. Apesar das vozes desafinadas aceitaram o dasafio proposto pela Dirce, a responsável pelo apoio escolar e lá cantaram algumas músicas.
Mas nada melhor que as fotos para partilhar este lanche de final de tarde que aconteceu nos espaços do À Bolina.
Texto: Surraia Correia
Fotos:José da Costa Ramos