terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Pastel de Milho

Vou partilhar uma receita que acho tentadora pra quem gosta de petiscos.
BOM APETITE.

Ingredientes:
- 1 Kg de farinha de milho
- 1,5 Kg de peixe (segundo a preferência)
- 1 Kg de batata-doce
- 1 Raminho de salsa picada
- 1 Cebola grande picada
- 6 Dentes de alho
- Piripiri a gosto
- Sal q.b.
- Agua morna
- Óleo para fritar
- Azeite q.b.

Primeiro prepara-se o recheio, cozendo o peixe em água e sal, escorrendo-o e limpando de todas as peles e espinhas. Juntar a salsa, a cebola, o alho e o piripiri misturando bem.
Passar esta pasta de peixe na frigideira com o azeite para refogar um pouco e retirar do lume.
Para a massa de milho, coza a batata-doce com casca em água e sal. Descasque quando estiver cozida e corte aos bocados.
Junte a farinha de milho com a batata-doce e adicione um pouco de água morna, o suficiente para a massa não ficar demasiado mole.
Reservar a massa embrulhada num pano húmido e vá retirando conforme necessário.
Em cima da mesa/tábua de trabalho estique outro pano húmido, para trabalhar a massa.
Ponha uma porção (2 ou 3 colheres de sopa) no centro do pano e com a palma da mão vá batendo suavemente, de modo a criar uma forma redonda com a massa (cuidado para não ficar demasiado fina e quebrar).
Ponha um pouco do recheio de peixe no centro da massa e dobre-a calcando as pontas do pastel de forma a fecha-lo.
Com cuidado para não partir o pastel, frite-o em óleo (abundante) bem quente, ate ficar dourado. Ao retirar deixe escorrer sobre papel absorvente e sirva de preferência quente.

Foi assim o Carnaval na EB1 do Prior Velho


Faço animação de pátio na escola primária EB1 do Prior Velho e tem sido uma experiência muito bastante agradável. Aprendo todos os dias com aquelas crianças coisas novas e sobretudo engraçadas.
No Carnaval deste ano os meus meninos e meninas desfilaram pelas ruas da freguesia, estavam mascarados de princesas, homem aranha, fada madrinha, chinesas ( africanas )enfim era mesmo carnaval.
Aqui ficam algumas fotos deste dia.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Notas do primeiro período em alta


A Dirce Rodrigues, com a ajuda do Bernardo Gomes, tem desemvolvido um trabalho notável com as crianças e jovens que frequentam o apoio escolar. Faz um balanço positivo da actividade desenvolvida, ilustrado pelas poucas negativas registadas neste final do primeiro período. “ Isto prova que os estudos e o acompanhamento na realização dos trabalhos de casa estão a ter progressos”, afirma a técnica.
Questionada sobre o progresso dos alunos, Dirce afirma que os seus meninos têm aproveitado bastante o apoio escolar que lhes é dado e que no primeiro ano de implementação do À Bolina, foi possível notar melhorias a vários níveis em relação aos alunos que beneficiam deste apoio.
A pessoa que colabora mais assiduamente com a Dirce é o Bernardo, jovem uniniversitário mas um histórico no apoio escolar às crianças e jovens do bairro, actividade que já desenvolvia voluntariamente antes do início do projecto. Para si o trabalho continua a ser importante e constata que, com a redução do número de crianças, tal permite fazer um acompanhamento mais individualizado. Esta redução do número das crianças no apoio esoclar deve-se, segundo o Bernardo, à concorrência do Cid@Net, dado que os mais crescidos acabam por passar mais tempo nos computadores e já raramente vão para a sala de estudo fazer os trabalhos de casa. De momento a maioria dos inscritos no apoio escolar são “as crianças que estão na escola primária e alguns do 5º e 6º ano”.
Os materiais e jogos didácticos adquiridos pelo projecto permite agora um bom trabalho de investigação e pesquisa por parte dos miúdos quando tal lhes é solicitado nas escolas. Aqui, o apoio do Cid@Net tem sido imprescindível.
Bernardo Gomes acha que o funcionamento e o apoio prestado aos alunos melhorou bastante, sublinha que o espaço está sempre organizado e limpo e que o facto de a Dirce ser professora é um grande contributo para estas crianças estarem cada vez mais preocupadas em fazer sempre os trabalhos de casa.

As melhorias, que também foram sentidas nas escolas - tanto na Primária do Prior Velho como na Bartolomeu Dias - sofre oscilações ao longo do ano lectivo porque nem sempre há um empenho dos pais em cumprir com a quota parte: o pagamento das mensalidades, um valor quase simbólico: 5€. “O desinteresse é por vezes da parte dos pais. Muitas crianças acham útil e importante para elas a frequência do apoio escolar. Sem falar na preocupação que revelam quando têm trabalhos difíceis…” diz a responsável.
No quotidiano do apoio escolar, primeiro fazem-se os trabalhos de casa - ou os trabalhos passados pela Dirce – a que se seguem os jogos no pátio.
A técnica do apoio escolar acha que foram cumpridos os objectivos propostos o que é patente nos resultados revelados no final deste período escolar. As dificuldades no português – sobretudo no caso dos alunos chegados recentemente da Guiné e Cabo Verde - e na matemática continuam a ser dominantes e a precisar de um investimento suplementar. As metas para o próximo semestre é trabalhar cada vez melhor com estes alunos para que apresentem sempre melhores resultados, arranjar soluções para os que têm mais dificuldades e sobretudo tentar prestar atenção a cada criança em particular para ajudá-la a superar as suas dificuldades específicas.
Texto: Surraia Correia

Retratos da Quinta da Serra

Há mais de dez anos, a fotógrafa Maria Vitória Vaz Pato empreendeu um trabalho fotográfico onde quis revelar a vida e o modo de estar dos imigrantes que residem no bairro Quinta da Serra, no Prior Velho.
Na Quinta da Serra vivem imigrantes africanos, que primeiro construiram as suas barracas e esperam por realojamento desde que começaram a construir uma nova Lisboa.
Maria Vitória Vaz Pato assume que com os seus retratos pretendeu sobretudo registar o nome, o olhar e gesto de viver dos artistas que foram importantes para a construção de grandes obras na área de Lisboa e mostrar através das fotos o contacto com as suas famílias após mais um dia difícil de trabalho.
Durante anos as suas fotografias, aguardaram em molduras, já prontas para serem reveladas ao mundo, e arrumadas criteriosamente dentro de caixas – por séries temáticas – que um espaço as acolhesse onde os seus protagonistas as pudessem ver. Muitos deles já partiram – foram realojados finalmente ou foram trabalhar para França, também – mas o À Bolina, projecto onde estou a trabalhar, vai abrir em breve as portas do salão Polom e receber o bairro, a autora e os amigos para a exposição “Retratos da Quinta da Serra”.
Texto: Surraia Correia

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

A festa de Natal do À Bolina


A Festa de Natal do projecto tal como já tinhamos anunciado, decorreu no dia 20 de Dezembro e foi para as crianças e jovens que estiveram presentes uma tarde de convívio cheio de coisas boas e deliciosas.Como é de se esperar, em tempo de festa, os mais pequenos foram desafiados a cantar as canções de Natal que todos conhecemos. Apesar das vozes desafinadas aceitaram o dasafio proposto pela Dirce, a responsável pelo apoio escolar e lá cantaram algumas músicas.
Mas nada melhor que as fotos para partilhar este lanche de final de tarde que aconteceu nos espaços do À Bolina.
Texto: Surraia Correia
Fotos:José da Costa Ramos

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Estrelinhas da Quinta



Desde 5 de Novembro que a Quinta da Serra já tem uma creche. Chama-se Estrelinhas da Quinta, acolhe crianças dos três meses aos cinco ano e foi criada a partir de um projecto concebido por Matusende Mendes, uma jovem de 27 anos, natural da Guiné-Bissau e residente no bairro, que se licenciou em Serviço Social na Escola Superior de Educação de Leiria.
A ideia de abrir um espaço para crianças do bairro de modo a facilitar a vida dos que trabalham surgiu à Mati a partir do projecto final de licenciatura. Quando decidiu o que queria fazer, procurou a Floresbela Pinto, presidente da associação dos moradores do bairro, e as Irmãzinhas de Jesus. Todos acharam que era uma ideia fantástica.
Começou por fazer um levantamento das necessidades, através de inquéritos a 50 famílias, que revelaram sentir falta de uma creche a funcionar dentro do bairro. As famílias disseram ainda que as crianças costumam ficar em casa com pessoas mais velhas, irmãos ou simplesmente na rua, sozinhas, sob o olhar dos vizinhos.
Para que a creche abrisse foi preciso criar condições na sede da Associação Sócio-cultural da Quinta da Serra, a qual passou por uma remodelação conseguida devido aos apoios de muitas pessoas e voluntários que nos seus tempos livres colaboraram na iniciativa desta jovem muito determinada.
“Todas as despesas das obras e remodulação do espaço foi suportada pela associação e com a ajuda de amigos”, explica Mati.Sendo a associação a entidade promotora, foi a falta de apoios financeiros o impedimento a que creche abrisse as portas a mais tempo. “ Temos sentido muita falta de apoios, a remodulação do espaço foi feito com ofertas de dinheiros por pessoas amigas e exteriores ao bairro”, reitera.
O horário de funcionamento da creche “Estrelinhas da Quinta” tem um período alargado a pensar nas mães que trabalham até mais tarde. Sendo a entrada entre as 8h e as 9h30, a saída é as 16h, com possibilidade de prolongamento até às 20h. As mensalidades diferem, naturalmente, em função disso tendo o horário normal uma mensalidade de 85€ e o horário alargado, 125€ já com os seguros incluídos.
De momento são os pais que garantem as refeições e a associação apenas oferece o lanche. Futuramente a creche pensa fazer uma parceria com o Banco Alimentar Contra a Fome para que haja apoio na confecção dos alimentos. “Uma das barreiras que de momento impede os pais de inscrever as crianças é o facto de terem que trazer o almoço de casa”.
Em relação as actividades dsenvolvidas incluem-se actividades livres e lúdico-pedagógicas. No futuro pensa-se desenvolver aulas de danças com as crianças.
As duas auxiliares que também abraçaram este projecto da Matusende têm formação na área de acção educativa e fizeram um estágio de duas semanas no Colégio da Nossa Senhora da Purificação na Portela. Devido às dificuldades que a associação enfrenta, os seus ordenados serão pagos com o dinheiro das mensalidades. Esta é, de momento a grande preocupação da Mati: “Estou realmente preocupada com esse assunto porque estavam inscritas dez crianças e neste momento só temos três crianças a frequentar. No final do mês teremos de fazer uma ginástica para pagar os salários”.
Sendo ela própria uma voluntária e não recebendo nada pelo trabalho que tem estado a desenvolver espera que o projecto possa candidatar-se aos apoios da Segurança Social mas primeiro é preciso terminar os trabalhos de remodulação do espaço, assim como as casas de banhos adaptadas para as crianças. “Precisamos de criar condições para poder pedir apoios à Segurança Social e como a associação só por si não tem dinheiro isso torna as coisas ainda mais complicadas”.




Surraia Correia

Famílias recebem cabazes oferecidos pelas escolas



No dia 19 de Dezembro, o À Bolina fez a entrega dos cabazes de Natal à seis famílias residentes do bairro da Quinta da Serra. Dos quatro cabazes oferecidos pela escola secundária Bartolomeu Dias, dois foram especialmente para as famílias escolhidas pela escola e o restante foi para as famílias que o conciderou mais necessitadas.
Para representar a escola tivemos a presença da professora Silvia Baptista que entregou os cabazes aos familiares dos alunos.
O cabaz de Natal oferecido ao projecto pela escola Delfim dos Santos, onde o nosso amigo Junilto Netchemo estuda, também foi destribuida para mais duas famílias.
Foi bom ver que o À Bolina conseguiu fazer uma diferança no Natal destas famílias cujos alunos são os que contribuem para que o trabalho do projecto tenha mérito.